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Exploração de minérios em terras indígenas em Rondônia é debatida em audiência pública


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Igualdade e respeito ao debate foram as palavras que nortearam a fala do cacique geral dos povos Indígenas Paiter-Suruí, Henrique Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, composta por 27 aldeias distribuídas por Cacoal e Espigão do Oeste em Rondônia e Rondolândia, no Mato Grosso, durante a audiência pública realizada nesta sexta-feira (04), no auditório do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) em Porto Velho, proposta para debater a organização, exploração, fiscalização, comercialização e exportação de minérios e exploração de minérios em terras indígenas, em Rondônia.

“Muito obrigado! Eu quero agradecer a Deus em primeiro lugar, por esta oportunidade que a gente tem pra discutir o que nunca foi discutido!  E agora é o momento de discutir. Não quero quebrar a opinião de outra liderança do povo indígena, venho falar aqui do meu povo. Todo o governo passado sempre nos proibiu, quando nós tiramos o nosso sustento do meio da Floresta. Nós pedimos esmola na cidade para usar banheiro e se alimentar. Hoje com apoio dos técnicos, do governo e prefeitura somos o maior produtor indígena de café Conilon do Brasil e do mundo”, relatou o cacique Henrique Suruí. 

Parabenizando as palavras do cacique suruí, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, lembrou do desabafo de um jovem indígena de 14 anos, durante uma visita na Reserva Roosevelt, que gostaria de ter a possibilidade de colher o material que tem em suas terras, ter uma cooperativa para trabalhar. “São ações que precisam ser adotadas. Hoje tenho visto ministros trabalhando nessa situação, para resolver as decisões erradas de anos atrás. Isso não pode ser resolvido em oito meses ou em um ano, a gente tem que ter consciência disso,” expôs o governador Marcos Rocha.

O Ministro de Estado de Minas e Energia (MME), almirante Bento Albuquerque, congratulou a bancada federal de Rondônia pela forma aguerrida como defendem os interesses do Estado. “E é por isso que nós estamos aqui. Para mim é até uma surpresa, que pela primeira vez uma representação do Ministério de Minas e energia se faz presente com todos os seus representantes, não só o MME, mas também da Agência Nacional de Mineração”, disse. 

Pelo teor das discussões e a forma que o evento foi conduzido, Bento Albuquerque evidenciou que já valeu à pena a realização da audiência. “Acho que isso é que nós temos que fazer, ser mais Brasil e menos Brasília como nosso presidente Jair Bolsonaro nos determina, e é por isso que eu estou aqui. Será por isso também que nós voltaremos aqui, e espero que quando nós regressarmos, essas contribuições que nos foram apresentadas estejam com todos os esclarecimentos e assim, a gente possa estar discutindo outros assuntos do interesse do Estado de Rondônia, que estes aqui que foram abordados já estejam solucionados”, finalizou o Bento Albuquerque. 

A audiência foi proposta pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo de Moura junto à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados e contou com representantes do IBAMA, ICMBio, SUDAM, Polícia Ambiental, Polícia Federal, Suframa, BASA, BNDES, Cooperativas de Garimpeiros, Instituto Brasileiro de Mineração, Agência Nacional de Mineração, Companhia de Mineração de Rondônia, Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), FUNAI, entre outros órgãos ligados ao setor.

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